Acreditar? Eu não sei...mas não custa ler, né?

        O Cavaleiro de Paus como arcano de conselho para este momento de sua vida sugere que é chegado o momento de partir na direção de novas aventuras, felipe. Está na hora de espanar a poeira e deixar o passado para trás! Parta confiante na direção do que você deseja, pois as possibilidades de sucesso são bastante altas. Saiba, todavia, dar-se senso de limites. Diante das vitórias iniciais, não se engane, não caia na tentação de achar que a situação estará para sempre garantida. Afinal, é quando nos vemos em situação vitoriosa que tendemos a abrir a guarda e a cometer atos imprudentes. Você ficará bastante feliz com uma vitória, mas não permita que a alegria elimine o seu poder de planejar.

        O Cavaleiro de Paus informa que este é um momento de mudança: de casa, de emprego, de qualquer coisa que já estava velha e superada em sua existência. Momento de se abrir para o novo, felipe! 







fonte: Personare

Quero, mas de resto...cá estou

 Quero vida, quero corridas em vestidos de nudez.

 Quero asas não atrofiadas

 Quero um novo planeta, meu novo governo. Meu império, minha lei

  O amor??
Dizia eu sempre que não acreditava em sua existência

Traiçoeiro. Como ousas machucar-me...Sou deus de minha própria galáxia.
Artificial, real, puro e contaminado. Uma mistura de pó compacto com lágrimas de alguém perdido.


De resto...cá estou, apenas eu... Damasceno. Acima do meu salto roxo de liquidação, abaixo de uma imagem contruida, dominando-me dia após dia.

Ainda é uma ironia? Ou será eu não querendo admitir que  isso é o  que de fato sou?



Zapping na TV

    Algo acontece, ela vê algo muito impressionante. O mundo esta diante dela, diante de seus olhos, ela se sente absolutamente feliz por poder ver tudo aquilo, por poder ouvir aquela música leve, como ela gostaria de ser.

   Sair voando pelo cosmos como poeira galáctica. Terra, chão, poeira. Baldes e baldes de terra são carregados para construir seu novo mundo, um novo planeta esta para ser construído, um mundo que levará seu nome. A dona de seu próprio planeta.

   Loira, sim... Fútil? Talvez, quem sabe de fato como ela se porta diante de seu próprio espelho?. Quem é ela? Pergunta-se todas as noites, o mundo inteiro a conhece, mas ela não se conhece suficiente. Pra que se conhecer? Pergunta ela.

   Dançar até o fim do mundo ela repete dezenas de vezes no intuito de crer naquele provável absurdo. Absurdo? Alguém acredita nessas coisas, alguém precisa ouvir essas coisas. Reconfortar-se.

   E de repente tudo se resolve como um guarda chuva sendo erguido por uma coluna de fumaça, do nada, sem lógica. Seu mundo ainda não esta pronto, ainda falta alguns punhados de terra. Loira aguada.

Deus estava com ela

   Esperava o ônibus e então ela surgiu. Uma pobre coitada bêbada totalmente angustiada por ter tido a pouco, alguma espécie de experiência sensível com deus. O Pouco que consegui ouvir foi que uma mulher tinha falado que deus estava com ela, ou algo parecido. A infeliz era uma mistura de ''eu vou conseguir'' com ''eu não sou nada'', pelo menos eram essas as únicas duas palavras que ela conseguia falar.
          
   Afastei-me assim que a vi chorar, não senti pena, ou será que senti? Não sei. O que sei é que me senti um pouco idiota por ter me afastado dela só por tê-la visto chorar, não queria ouvir seus problemas, pra que?. O fato é que quando começou a falar de seu deus e sua onipotência.  Afastei-me mais ainda fui, pro meio da pista, como quem vai pegar o primeiro carro que passar. 


   Um ''passivismo'' diante das coisas, uma aceitação, um ''esperar que venha de cima'' que me enoja, me enfurece.

 Deus sabe o que faz, Seja o que deus quiser, Entrego meu caminho a deus.AHHHHHHHHH!!!. Sei que cada um faz suas escolhas, mas...

  Todas as vezes que vejo esse tipo de atitude, me vem a mente que esse ''passivismo'' é uma maneira de fazer com que as pessoas menos favorecidas, ou seja, desprovidas de poder, mantenham-se caladas, quietas e paradas diante de coisas que as indignam de maneira muito interessante. Uma educação secular que hoje chega a seu apogeu, onde ninguém faz nada, ninguém reclama de nada, ninguém...

-É assim mesmo.
-Deixa prá lá!
-E o jeito. (Esse é da minha mãe quando o jantar não é dos mais finos do menu anual, ou armenga algo que lhe peço)

   Fui lhe pedir um cigarro a venda, mas ela disse que era uma ninguém e que por tal infortúnio me daria um. Aceitei. Puxou-me pelo braço e repetiu tudo que estava dizendo ao garoto ao seu lado a mim, e eu fumando o cigarro que me dera olhei para o horizonte respondendo com empolgantes ''Humrummmms''.


   Foi abandonada por todos que estavam a ‘’ouvi-la’’, e eu o que  mais me distanciará dela, ficara ali...ouvindo seus lamentos auto depreciativos, as aventuras de sua vidinha medíocre. Chegou o ônibus. Pegou no meu braço. Pediu para sentar comigo. Chamou-me de amigo (não sou seu amigo, querida!). Sentou assim que virou do lado de uma senhora. Loooooooooooooooooooouca.

( um vídeo que toca nesse ponto pela filósofa Viviane Mosé, a partir do minuto 1 e 40) http://www.youtube.com/watch?v=fZGuNvy8Jes&feature=related.

ALGUÉM TE AMA.

Não oco mais


Só se dar valor quando se perde, e sem bem que mereço viver tudo isso, passar por tudo 

isso. Você sabe que é você, sabe sim.Te amo, de uma 


forma estranha, torta. Nunca soube amar e você foi meu primeiro amor.Desculpa por ser 

assim desse jeito estranho, mas...


Sei que perdi, e talves precisava perder para acreditar que existiu algo.Depois de voce 

descobri que não sou oco. Te amo. Seja feliz

Só se da valor quando se perde, e sei bem que mereço viver tudo isso, passar por tudo isso
    

17 de agosto no ônibus.

 Era a única coisa que nos ligava de alguma maneira, pele com pele. Duas cadeiras lado a lado, um ônibus e o resto do mundo funcionando como de costume, eu... Bem eu estava ali, queria que estivéssemos sozinhos ali, fiquei por horas apenas olhando seu pescoço, seu rosto, suas espinhas que de vez em quando eram cutucadas. Imaginei seu cheiro, imaginei seu toque e como era bom ser tocado por ele, era a única coisa que ele me dava: um toque acidental por falta de espaço.

 Parecia que eu o conhecia há muito tempo, naquele ônibus ele foi meu namorado. Foi meu, mesmo que ele não percebesse isso. Fiquei satisfeito com o não olhar que ele me dava. Sei que parecem migalhas, mas pelo menos tinha, da parte dele, atitude de não me dar nada. Dormia e acordava e ele continuava ali sem me ver ou até me querer. Como eu o queria. Como eu queria que ele se virasse para mim, então decidi acreditar que ele havia se virado, como eu queria que ele me beijasse então eu acreditei que havia sido beijado por ele naquele ônibus repulsivo.

Fui amado por menos de uma hora por mim mesmo. Fui amado por um estranho inexistente projetado num alguém desconhecido ao meu lado. Era tudo que tinha, não tinha nada além disso, mas em compensação eu tinha tudo. Ficava mexendo na minha bolsa só para poder tocar mais nele, só para sentir a minha pele deslizando pela dele, pensei em dezenas de outras maneiras de lhe tocar. Dormi.

Acordei e fechei a janela, o sol batia no rosto dele, não queria que ele acordasse, queria que ele se perdesse , perdesse a hora de descer e assim eu podia ajuda-lo para onde ele quisesse ir. Queria que ele fosse comigo, perderia o dia, a aula só para conhecê-lo para ser tocado e toca-lo intencionalmente. Teria além do toque ocasional suas palavras distantes próprias aos estranhos. O ônibus balança e para, ele se vai, não se despede, depois de tudo o que vivemos nem me da um adeus. Voltei a ficar só, mas agora preenchido por algo que eu não tive, que nunca tive e que nunca terei.


Ninguém fala comigo, todos falam com sigo mesmo presenciados por outrem que também fala consigo próprio

     Vontade de beijo roubado, vontade de ser capturado de surpresa, furtado do espaço, roubado de meu cotidiano, amado temporariamente por desconhecidos, e conheço tantos desconhecidos, sabendo bem que sou  desconhecido a todos que me cercam.

     O que eu quero? Rá! Nem sei. E se sei...de fato lhe interessa? Algo ainda é interessante além de você mesmo para você e eu mesmo para mim? Sejamos francos, o que nos importa é nós mesmos e não o namorado.

     Namorados? Tive alguns, mas quando o barco afunda, o capitão fica e manda os outros pegarem os botes.

     Não sou para namorar, e juro que tentei, mas aquilo tudo me cansa.

     Por vezes fico me questionando se já amei alguém? Como é que se ama? (Não como amigo, não me encham com isso.) Sério... Como é? Você sente o que, náuseas, vontade de chorar, de sorrir, coração bate forte?

     To bem, isso não é uma crise, é só uma constatação do que me interessa em arte .Já sei lhe dar com a solidão sobrevivo bem, e a parte fisiológica, o mercado de pornografia é o negócio que mais cresce no mundo no que se refere a cinema.

Partindo da Terra dos Pés Fincados.

  Subir, tudo que me importava era subir, escalar aquilo que era tão áspero. Tinha que chegar em cima, no topo pra só depois me deixar cair, as vezes acontece disso, você vai muito longe só pra ter motivo de voltar depois.Quando se esta lá em cima não se sabe bem quem é ou o por que subir aquilo tudo, simplesmente se esta, lá em cima eu sou poderoso, eu sou eu, eu sou o que quiser ser, não tenho problemas por que sei que se consegui estar lá em cima, posso resolver qualquer coisa, posso superar qualquer obstáculo.

   São poucos os que conseguem subir, muito desistem por achar difícil demais ou por que acham bobo ter que subir pra depois descer. Ainda é difícil pra mim, mas não sou o tipo que desisti fácil, nunca fui, sempre subia de algum jeito, sempre caia de muito alto, mas não me deixava abater por dois ou três arranhões, acho que se tem pele pra poder arranha-la quando necessário. E eu já me arranhei tanto.

    Cansei de ficar em baixo. Grande parte do meu tempo eu ficava em baixo, esperando as coisas acontecerem, esperando algo se resolver, meio que por mágica. As pessoas de baixo pensam assim. Elas não acreditam que possam subir para cima  e além de si próprias, não só subir, mas subir para cima, infinitamente alto, além das barreiras estratosféricas, do alcance do olhar. Subir para cima tornou-se errado, e proibido.

   O fato é que subi e não quero mais descer, quero continuar lá em cima, longe de tudo isso. Me disseram um dia que o céu era meu limite, e devo dizer-lhes que nem sequer o céu me prenderá nesse pedaço de terra flutuante. Eu sou aéreo, eu sou alto, eu sou grande, eu sou leve, eu renasço. 

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