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Não era inveja,muito pelo contrário.Era tudo tão limpo,tão simétrico,tão branco,exatamente o q acho que não sou as vezes.fiquei me perguntando se tivesse nascido em meio a tanto equlibrio talvez...sei lá!,talvez eu nunca me sinta bom o bastante para esse mundinho desgraçado,ou vice e versa.Nunca sei quem realmente sou e quando me citam,gestos e palavras,me assombro por ter uma marca,por me imprimir nos outros, e isso é bom,me faz bem...depois passa.


Nos últimos dias tenho me silenciado para mim mesmo,tenho parado na rua em vez de vomitar palavras desconexas como se existisse uma força que puxa pra dentro,como o vácuo,impedindo que algo saia.As palavras ficam por dentro,girando em torno de si mesmas,até fazer surgir uma ideia,de suas múltiplas colisões,que é esquecida por desânimo de torna-la concreta e existente.


Vontade de ir pra longe onde não tenha gente,só para ter que chegar lá e perceber que o que eu quero é mais gente.O vácuo não deixa a água dos olhos escoar,e então ela pesa,da dor nos olhos,na cabeça,e ai eu durmo .por que a dor nos olhos passa e vive-se o que quer ser vivido por que la,tudo é sonho.Boates e bares já não me interessam mais,selva de bichas epiléticas que anestesiam os sentidos para ver o mundo e a si mesmas de um kaleidoscópio.O que muda nessa putaria toda é quanto de cerveja você precisa beber para levar alguém para o escuro,o resto é tudo igual:
-começa olhos nos olhos
-carícias e beijos
-língua na orelha
-nos mamilos seguido de ofegantes respiracões de prazer
E quando menos se espera,tem-se um pênis dentro de sua boca.depois da mancha branca vai cada um pro seu lado de pinto murcho de cansaço e suado de felicidade momentânea.

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