Após ter lido Desconstruir Duchamp de Affonso Romano de Sant'Anna(que recomendo) fiquei absolutamente transtornado.Transtornado com esse excesso de falatório em determinadas obras de arte, que me são vazias, onde elas me incomodavam e me incomodam, mas não sabia por que, e creio que após essa leitura algumas coisas referidas a isso tenha se esclarecido um pouco.
Ele cita
milhares de pessoas em uma palestra( ''Sempre um Papo'', projeto da Casa Fiat
de Cultura) e um desses citados ele tira algumas frases que muito me
perturbaram como:
A linguagem é autônoma. A obra esta ali.
É isso que
ocorre hoje. Uma espécie de sagração exacerbada ao conceito de uma obra
absolutamente vazia. Que é apenas ostensiva de uma intelectualidade e criatividade artística, que
talvez não sejam atributos desse tal artista. Um festival de quem faz o maior escândalo, quem
faz a coisa mais bizarra(ou criativa se lhe desagradar o termo). Dentre tudo isso questionou e questiona-me ainda: Onde
estou nesse mar todo? Será que faço arte dessa maneira, criando escândalos para parecer inteligente? Será que sou artista?
E o mais problemático: De que maneira posso estar como artista,
libertando-me dessa enxurrada de arte autocontemplativa do ego e do intelecto?
Como fazer arte, sem ter que fazer uma tese de pós-doutorado? (e essa é destinada não só a mim, mas a arte como um todo)
Como fazer arte, sem ter que fazer uma tese de pós-doutorado? (e essa é destinada não só a mim, mas a arte como um todo)
Saindo um pouco
da crise existencial de uma BEESHA que se pretende artista venho
com essa máxima (no sentido de ser incrível) de Roland Barthes, um crítico,
sociólogo, escritor... Enfim um cara que leu HORRORES, citado por ele na palestra, onde me bolei de rir e resumi o
que tentei expressar aqui:
O que é a invenção textual de uma obra. O que é a alucinação
verbal diante do nada.
Gente eu ri muito, tive
um orgasmo. Não é engraçado?! Soltei a gaitada.
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