Queda

Ando perdendo o juízo. Ando perdido. Ando sorrindo. Ando fingindo. Ando na beira de um abismo, tentado a despencar e ser leve para sempre, o infinito do tempo de uma queda.
Ser eterno dentro da eternidade de minha queda.

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E se as cadeiras dos ônibus fossem viradas uma de frente para outra? Não teria como impedir que alguém sentasse próximo, pois é bem verdade que as cadeiras voltadas para a frente, para o destino,para o futuro simplifica a minha necessidade de isolamento social. Colocar a bolsa na cadeira ao lado é impedir uma companhia, tira-la, torna-se um convite. Um chamado.


Quando não se consegue impedir. É quase como se entrasse em minha casa sem minha permissão. É invasivo, pelo menos nos primeiros segundos, naquele momento em que a pessoa se ajeita,depois viro pra janela e pronto. Ela, a cadeira, continua vazia...Para mim.







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